Vamos agora com imagens de Salvador, no último post contei a odisséia de sair de Ilhéus até Salvador pelo Ferry "agora vai!".
Depois de sair do Ferry, meio perdidos, mais de oito da noite, tomamos rumo do Rio Vermelho, onde ficava o hotel onde nos hospedamos da última vez. Salvador até que não é mal sinalizada, mas se não prestar atenção pode-se parar em um lugar bem diferente de onde se imagina.
Nosso objetivo deveria ter sido seguir via orla, mas querendo cortar caminho acabamos no Curuzú, direção contrária para onde queriamos ir, depois de achar o caminho certo ainda ajudamos uma família de mineiros numa Picasso, igualmente perdidos como nós, tentando chegar na orla, saímos os dois em comboio, me perdi deles no Corredor da Vitória, mas como o lugar é cheio de hotéis provavelmente devem ter se achado no caminho, a eles meu agradecimento tardio pelas risadas que demos para descontrair a tensão de estar perdidos numa cidade estranha.
Nossa maratona nos levou até o Íbis, lotado e caro, pensamos frustrados que a maioria dos hotéis em Salvador são pela hora da morte, e que talvez a nossa estada na cidade tivesse que ser abortada por falta de fundos, saímos em direção norte, costeando a orla, e achamaos um hotel pequeno, o Amaralina Palace Hotel, em Amaralina, um hotel bem legal e com uma diária justa, mais barata que a do Íbis, e longe do burburinho que se tornou aquela região.
Vista da janela do hotel, bem legal:
Tomamos um belo café da manhã e caímos na rua, queria conhecer lugares diferentes de onde tínhamos estado da última vez, Pelourinho é legal, mas é uma tremenda armadilha de turista, o negócio agora era bater perna pela cidade aproveitando o sábadão ensolarado que nada lembrava a chuva que pegamos no dia anterior quando descemos da balsa.
Primeira parada, praia de Itapuã, com seu respectivo farol, uma característica de Salvador, pois seu porto durante muito tempo foi um dos mais movimentados do país, e suas praias de águas rasas eram um perigo para embarcações de grande porte.
Famoso pela música de Vinícius de Morais, Itapuã hoje é um bairro populoso com uma orla cheia de quisoques, acho meio difícil alguém escrever uma música falando de sossego nesse lugar, mas que é bonito é sim.
Fomos seguindo as indicações meio por instinto da minha co-pilota, mais do que versada em Salvador, do que pelas placas, mas até que a cidade é bem sinalizada, chegamos na famosa Lagoa de Abaeté
Esse é o parque das dunas da lagoa de Abaeté, um lugar cercado de loteamentos, a pressão imobiliária em Salvador está terrível.
Passear deu fome, então nada como degustar a iguaria mais baianas de todas, o acarajé, e fomos num dos mais tradicionais pontos de venda, o Acarajé da Cira, em Itapuã. Olha a minha cara de felicidade...
Salvador aos poucos vai tentando domesticar o instinto dos frequentadores dos pontos turísticos, pior que nativo mal-educado é turista que alopra, logo a placa vale pros dois.
Ainda queríamos visitar outros lugares, no caminho passamos pelo Dique do Toróró, onde fica o estádio da Fonte Nova, no momento apenas um buraco no chão com alguns operários trabalhando, acho difícil isso ficar pronto em menos de dois anos
A característica marcante do parque são as esculturas dos orixás africanos, dizem que a bancada evangélica da câmara de Salvador tentou removê-las, mas prevaleceu a tradição que liga intimamente a cultura baiana ao culto afro, e de mais a mais, mesmo pra quem não é praticante ou simpatizante, as imagens são lindas:
"Isso" vai ser o futuro estádio de Salvador, ou a nova Fonte Nova, no momento apenas um canteiro de obras, nem o letreiro fica mais aceso pra mostrar quantos dias faltam, e parece que por lá ninguém está ligando muito, vamos ver como isso vai acabar.
Para fechar o dia com chave de ouro, fizemos um passeio sensacional, de barco pela orla de Salvador, partindo do Forte de São Marcelo, que fica em frente ao Mercado Modelo, o Forte em si já é uma atração sensacional, encravado bem no meio do porto, foi fundamental para a defesa da cidade nos tempos do Brasil Côlonia.
Quase que as fotos não saem, tinha esquecido o outro cartão de memória no hotel espetado no laptop, tive que improvisar usando o cartão de memória do celular, deu certo, por isso o passeio tem mais foto que filme.
Vista do forte a partir do atracadouro
Logo na entrada esse mural mostra como a cidade mudou
Uma répilca de caravela, como vi em Porto Seguro elas eram realmente pouco maiores que isso daí.
Nessa estão expostas as armas, canhões, alabardas.
Lá está a Cidade Alta encarapitada em cima da falésia
Cada pontão de praia abriga um forte, Salvador chegou a ser a cidade mais fortificada das Américas, sede da colônia não podia ser de outra forma.
Mais fortes, cada ponta de praia tem um.
O Pelourinho visto a partir do mar
Para fechar o dia, cumprir uma promessa.
4 anos depois, de volta à Colina Sagrada.
Foto de folhinha.
Voltando pro hotel, passando pelos Culhões do ACM
Quase perdi a foto
No mercado Rio Vermelho, tomando refrigerante, aguardando uma peixada.
Informações turisticas, muito engraçado.
Deu pra ver que aproveitaram muito bem o passeio.
ResponderExcluirOlá, que legal a viagem ficou mesmo, agora, ficou faltando contar como foi o retorno.
ResponderExcluirNão abandonem o Blog, abraços