Comaçamos subindo pela Serra do Mar, ao contrário do caminho mais curto e sem graça, a Via Dutra, preferimos pegar uma estrada nova em folha, a antiga estrada da Serra do Piloto, que começa em Mangaratiba e vai até Rio Claro, no Vale do Paraíba.
São 40Km de estrada nova, recém-asfaltada, exceto por três pequenos trechos mantidos com o calçamento original de pedra, lembrança do antigo caminho de tropeiros que ligava o porto de Mangaratiba ao vale acima.
A estrada em seu início é bem estreita com curvas acentuadas, é necessário cuidado redobrado.
O trecho com calçamento original deve ser ultrapassado com cuidado, pois é bem irregular, provavelmente o piso será arrumado em breve, mas por enquanto pare e aproveite a paisagem.
Logo apoós uma pequena comunidade a estrada se alarga e se torna bem mais deserta.
Uma pequnea parada no Parque das ruínas de São João Marcos, em breve fazer um post exclusivo sobre esse lugar e sua história
Logo adiante um lindo túnel verde, formado por árvores e bambus.
A estrada termina exatemente no entroncamento de duas rodovias, deve-se pegar o sentido
Nesse ponto a rodovia se encontra com a estrada prinipal, deve-se pegar à direita para seguir em direção a Bananal.
Nesse ponto a estrada se bifurca, a sinalização é boa, não dá pra se confundir
Cruzamos coma linha férrea que desce para Angra.
Uma rápida para para um café e confirmar a direção certa
E pé na estrada...
Chegamos ao entrocamento com a Rodovia dos Tropeiros, nesse ponto já estamos em território paulista
A estrada no início está um pouco maltratada, mas na maior parte do percusrso o asfalto é bom
Divisa Rio-São Paulo.
Um estrada com um aspecto de abandonada, o mato quase invadia a pista.
Uma surpresa, o marco da Estrada Real, aqui passa o Caminho Novo, ou uma das variantes deste.
Agora já estamos em São Paulo.
Entrada de Bananal, estavam recapeando a entrada da cidade.
Uma parada obrigatória para ver esse colosso na praça da estação em Bananal
Uma Baldwin 2-5-4, a "Tereza Cristina", uma locomotiva magnífica, dos anos 40, uma das últimas grandes cruzadoras a vapor
Iamgine essa máquina subindo a serra, atravessando os túneis, puxando atrás de si o luxuoso "trem de prata"da ligação Rio-São Paulo
Graças a um filantropo essa máquina não acabou desmontada e hoje repousa na praça de Bananal como um registro histórico dos verdadeiros desbravadores do país, as ferrovias.
Até os instrumentos estão intactos, o que será que falta para essa maravilha voltar a andar nos trilhos?
A estação também é uma atração, toda feita em placas de aço aparafusadas, parece uma imensa caixa de biscoitos antiga, quem conehce sabe o que estou falando.
Os detalhes estão bem preservados, apesar dos sinais de corrosão.
E vamos nós deixando a velha senhora em seu sono que espero não seja eterno
Uma cidadezinha muito interessante
Uma outra praça, a da igreja matriz
Vista da praça e o coreto
O destino é Silveiras, a porta de entrada para o alto da serra por Cruzeiro. são mais de 90Km até lá.
A chuva, constante no caminho, deu um charme na viagem.
Uma fazenda centenária pelo caminho...Próxima parada: São José do Barreiro
Ponte sobre a represa do Funil
Em S. J. do Barreiro mais um mapa da Estrada Real
Aqui também fica o acesso ao Parque Nacional da Bocaina
Uma subida de serra e um pouco de neblina nesse ponto.
Chegando a pequenina Areias
Agora a reta final até a Dutra, passamos pela entrada de Queluz, que dá acesso à Garganta do Registro, uma outra estrada que leva até o alto da sera, preferimos passar por Cruzeiro porque além de não pagar o pedágio a estrada é melhor sem tanto trânsito de caminhões.
Saindo de Areias
À esquerda o santuário de N.Srª da Cabeça
Mais estrada...
Até chegar a Silveiras e ao entroncamento com a Dutra o asfalto está bem castigado, mas depois a estrada melhora bastante, o segredo é ir com calma, sem pressa, para não danificar um pneu e atrasar a viagem.
Finalmente, o entroncamento com a Dutra, agora é seguir as indicações Cruzeiro/Sul de Minas
Como saímos meio tarde do Rio, por volta das dez da manhã e até conseguir nos livrar do trânsito, já estávamos a mais de cinco horas na estrada, não tínhamos pressa de chegar mas a autonomia do tanque estava baixa, erro do frentista que encheu o tanque no rio, e não via nenhum posto adiante, pelo ponteiro do marcador que não é lá muito preciso me dizia que ainda tinha combustível suficiente para chegar a Passa-Quatro (por volta de 1/4 de tanque) e como a distância a partir do entroncamento era menos de 20km o que dava menos de dois litros acreditei que dava, e deu mesmo, mas preferiparar nesse posto no alto da serra, bem na divisa entre SP e MG, um café quentinho ajudou dar uma acordada, depois foi só refilar o tanque e descer para a pousada, esse foi o final do 1º dia: 335km em cerca de seis horas (bem devagar mesmo) e uns 25 litros de combustível no tanque.
Uma bela aventura e o Fusca guerreiro aguentou firme.
ResponderExcluirUm dia vou lá só pra ver aquela locomotiva. Achei interessantíssima.