sábado, 28 de maio de 2011

Paty do Alferes - Petrópolis

Oi pessoal, depois de um longo tempo de inatividade estou voltando a postar as nossas viagens, então vamos a uma que pode ser feita num final de semana, se quiser num único dia.



Ela começa na Via Dutra, última saída antes do primeiro pedágio, entrada para Miguel Pereira, passando por Paracambi, depois se cruzar a linha férrea no ramal de Japeri a estrada segue subindo a serra das Araras em direção ao vale do paraíba, no caminho pequenas cidades e lugares interessantes que serão explorados em outras viagens.


O caminho todo é bem sinalizado, é só prestar atenção no trânsito que nesse trecho é bastante intenso, inclusive caminhões e carretas que usam essa estrada pra fugir do pedágio da Dutra.A partir desse ponto a estrada fica mais deserta, mas nada preocupante.


Passando por Conrado, umas das inúmeras cidadezinhas ao longo da estrada.

Logo após um lugar que merece uma parada
Uma queda d´agua na beira da estrada

Essa região se chama Arcádia, bem simpática e cheia de história.
Essa parada é estratégica pra fazer um lanchinho, as queijadinhas com café são deliciosas, vale a pena provar.

Chegando a Governador Portela

Seguindo pela esquerda em direção a Miguel Pereira

Em Paty fique atento à entrada da RJ-117 , a estrada foi asfaltada recentemente e se tornou um novo acesso à cidade de Petrópolis e serve para escoar a produção agrícola do vale entre as duas cidades.
Também neste acesso fica o Museu da cachaça, vale a pena visitar.

Siga sempre pelo asfalto novo, sem erro.



Chegamos em Petrópolis já no fim da tarde um uma chuva leve dava um tom europeu à paisagem





Para terminar (muito bem) o dia um chocolate quente e um muffin delicioso na Katz.
Em breve novos roteiros de viagem, aguardem.

sábado, 14 de maio de 2011

Salvador

Isso tá meio parado, admito, mas vou atualizar o blog com mais constância a partir de agora, até porque tem muita história pra contar.

Vamos agora com imagens de Salvador, no último post contei a odisséia de sair de Ilhéus até Salvador pelo Ferry "agora vai!".

Depois de sair do Ferry, meio perdidos, mais de oito da noite, tomamos rumo do Rio Vermelho, onde ficava o hotel onde nos hospedamos da última vez. Salvador até que não é mal sinalizada, mas se não prestar atenção pode-se parar em um lugar bem diferente de onde se imagina.

Nosso objetivo deveria ter sido seguir via orla, mas querendo cortar caminho acabamos no Curuzú, direção contrária para onde queriamos ir, depois de achar o caminho certo ainda ajudamos uma família de mineiros numa Picasso, igualmente perdidos como nós, tentando chegar na orla, saímos os dois em comboio, me perdi deles no Corredor da Vitória, mas como o lugar é cheio de hotéis provavelmente devem ter se achado no caminho, a eles meu agradecimento tardio pelas risadas que demos para descontrair a tensão de estar perdidos numa cidade estranha.

Nossa maratona nos levou até o Íbis, lotado e caro, pensamos frustrados que a maioria dos hotéis em Salvador são pela hora da morte, e que talvez a nossa estada na cidade tivesse que ser abortada por falta de fundos, saímos em direção norte, costeando a orla, e achamaos um hotel pequeno, o Amaralina Palace Hotel, em Amaralina, um hotel bem legal e com uma diária justa, mais barata que a do Íbis, e longe do burburinho que se tornou aquela região.

Vista da janela do hotel, bem legal:



Tomamos um belo café da manhã e caímos na rua, queria conhecer lugares diferentes de onde tínhamos estado da última vez, Pelourinho é legal, mas é uma tremenda armadilha de turista, o negócio agora era bater perna pela cidade aproveitando o sábadão ensolarado que nada lembrava a chuva que pegamos no dia anterior quando descemos da balsa.












Primeira parada, praia de Itapuã, com seu respectivo farol, uma característica de Salvador, pois seu porto durante muito tempo foi um dos mais movimentados do país, e suas praias de águas rasas eram um perigo para embarcações de grande porte.




Famoso pela música de Vinícius de Morais, Itapuã hoje é um bairro populoso com uma orla cheia de quisoques, acho meio difícil alguém escrever uma música falando de sossego nesse lugar, mas que é bonito é sim.

Fomos seguindo as indicações meio por instinto da minha co-pilota, mais do que versada em Salvador, do que pelas placas, mas até que a cidade é bem sinalizada, chegamos na famosa Lagoa de Abaeté

Estranhamente a lagoa vem diminuindo, hoje ela tem apenas a metade do tamanho original, a cidade cresceu e fagocitou o lugar, tanto é que foi criada uma APA para proteger o entorno da lagoa e suas dunas, mas dá o que pensar que nos anos 60 o lugar era tão afastado do centro que não havia nada por lá.
Uma panorâmica, lugar bonito, limpo, mas me pareceu meio abandonado.



Esse é o parque das dunas da lagoa de Abaeté, um lugar cercado de loteamentos, a pressão imobiliária em Salvador está terrível.




Nas ruas de Salvador é raro ver um carro mais antigo, Fusca então é raríssimo, é a cidade em que menos vi carros com mais de dez anos de uso, na foto um fusquinha dos anos 60 num cruzamento.
Se existe uma coisa assutadora em Salvador chama-se Avenida Paralela, não pela avenida em si, mas pelo comportamento criminoso de alguns motoristas baianos, os caras correm demais, ignoram preferenciais, Lei Seca lá não existe, pessoal bebe mesmo, pega o carro e sai pelas ruas, pra se ter uma idéia é comum nas estradas baianas colocarem carcaças de carros batidos para "dar exemplo", mas acho que não ajuda muito.


Passear deu fome, então nada como degustar a iguaria mais baianas de todas, o acarajé, e fomos num dos mais tradicionais pontos de venda, o Acarajé da Cira, em Itapuã. Olha a minha cara de felicidade...


Salvador aos poucos vai tentando domesticar o instinto dos frequentadores dos pontos turísticos, pior que nativo mal-educado é turista que alopra, logo a placa vale pros dois.




Ainda queríamos visitar outros lugares, no caminho passamos pelo Dique do Toróró, onde fica o estádio da Fonte Nova, no momento apenas um buraco no chão com alguns operários trabalhando, acho difícil isso ficar pronto em menos de dois anos

A característica marcante do parque são as esculturas dos orixás africanos, dizem que a bancada evangélica da câmara de Salvador tentou removê-las, mas prevaleceu a tradição que liga intimamente a cultura baiana ao culto afro, e de mais a mais, mesmo pra quem não é praticante ou simpatizante, as imagens são lindas:




Vista panoramica do lugar

"Isso" vai ser o futuro estádio de Salvador, ou a nova Fonte Nova, no momento apenas um canteiro de obras, nem o letreiro fica mais aceso pra mostrar quantos dias faltam, e parece que por lá ninguém está ligando muito, vamos ver como isso vai acabar.






Para fechar o dia com chave de ouro, fizemos um passeio sensacional, de barco pela orla de Salvador, partindo do Forte de São Marcelo, que fica em frente ao Mercado Modelo, o Forte em si já é uma atração sensacional, encravado bem no meio do porto, foi fundamental para a defesa da cidade nos tempos do Brasil Côlonia.
Quase que as fotos não saem, tinha esquecido o outro cartão de memória no hotel espetado no laptop, tive que improvisar usando o cartão de memória do celular, deu certo, por isso o passeio tem mais foto que filme.

Vista do forte a partir do atracadouro

Logo na entrada esse mural mostra como a cidade mudou


Uma répilca de caravela, como vi em Porto Seguro elas eram realmente pouco maiores que isso daí.
Andando pelas pedras centenárias do Forte.
As celas foram trasnformadas em salas temáticas, nessa são reporduzidas as fardas dos soldados do tempo do Brasil Colônia


Nessa estão expostas as armas, canhões, alabardas.


Início do passeio, e lá vem o timoneiro vestido a caráter


Lá está a Cidade Alta encarapitada em cima da falésia
Esse detalhe só consegui ver de longe, as casas aninhadas no arco da ponte

Cada pontão de praia abriga um forte, Salvador chegou a ser a cidade mais fortificada das Américas, sede da colônia não podia ser de outra forma.
Junto à orla espremidos no paredão estão uma dezena de fortes que faziam parte do complexo de proteção da cidade.
Alguns fortes estão abandonados, esse sucumbiu sob uma favelinha que nasceu embaixo do viaduto que vai para a cidade alta
Corredor da Vitória, chega a ser assustador o tamnho de alguns predíos pendurados na beira do mar, o relevo do litoral baiano é forma em sua maior parte de falésias, não sei como conseguiram estaquear essas estruturas imensas, alguns deles tem mais de 30 andares.

Mais fortes, cada ponta de praia tem um.
Aqui nasceu Salvador, é onde está o marco inaugural da cidade.




Farol da Barra, fim do passeio, hora de voltar

O Pelourinho visto a partir do mar
Forte São Marcelo e seu curioso formato circular
Elevador Lacerda
Pórtico do Forte

Para fechar o dia, cumprir uma promessa.

4 anos depois, de volta à Colina Sagrada.

Foto de folhinha.

Voltando pro hotel, passando pelos Culhões do ACM

Quase perdi a foto

No mercado Rio Vermelho, tomando refrigerante, aguardando uma peixada.

Informações turisticas, muito engraçado.